segunda-feira, 11 de abril de 2011

MISC EDUCATIVO






Visita dos professores e alunos da Escola Estadual Profº Rafael Rueda – CAIC Pedra 90

Programa "Palavra de mulher"





Gravação de um clipe com o grupo musical de vozes masculinas “Alma de Gato”, também com as representantes do IMUNE-MT - Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso para o programa de TV “Palavra de mulher”, que vai ao ar pela TV Assembléia – MT / Canal 30, todos os dias sempre às 13 e 20:30 horas. 

Programa "Todo Santo tem seu canto"





Gravação do programa de TV “Todo santo tem seu canto”, que vai ao ar aos sábado, sempre às 18h20 pelo canal 05 SBT. Apresentadores: Comadre Pitú (Vital Siqueira) e Generoso (Ilto Silva). Neste dia, foram entrevistados: Luiz Poção (Secretário Municipal de Cultura), Moises Martins (Secretário Adjunto) e Ivan Belém (Diretor do MISC).

domingo, 10 de abril de 2011

MISC EDUCATIVO



Visita dos alunos do 8º ano ‘A’ e 8º ano ‘B’ da Escola de Educação Básica Leonor Barreto Franco (SESIESCOLA - Cuiabá)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Exposição etnográfica "Universo das águas"


     A mostra Universo das Águas tem como objetivo celebrar a produção artesanal indígena, cuja utilização remete às atividades relacionadas à natureza das águas: pescaria, navegação e rituais.
Nesta mostra destaca-se a beleza e a funcionalidade das peças do cotidiano indígena ligadas ao Universo das Águas. Suas produções artesanais representadas em cestarias, utilitários de madeira, dentre outros, carregam em si uma linguagem natural expressa pelas formas estilísticas distintas e peculiares, que dão sentido e significado a cada artefato. Os objetos que se apresentam podem causar estranheza aos nossos olhos, pois os elementos que compõem a sua estrutura interna estão inseridos na linguagem invisível do objeto, onde reside o seu conteúdo simbólico de representação.
Para os povos indígenas, os lagos e os rios com suas disparidades de tamanho e profundidades distintas são ambientes favoráveis ao desenvolvimento da pesca e de outras atividades ligadas à alimentação, higiene corporal, ao lazer e às práticas ritualísticas.
Cada etnia possui diferentes técnicas para a pesca; alguns usam cipós e plantas envenenados, outros usam anzol e linha, armadilhas, lanças, etc. Há comunidades onde só o homem pesca tendo que acampar dias perto de lagoas e rios; há outras onde as mulheres e os filhos podem participar. Uma das atividades comumente utilizadas na pesca é a chamada “bater timbó”. Consiste no uso de substâncias vegetais retiradas de cipós (tingui e timbó) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis.
Há também armadilhas para pesca, como os cestos utilizados pelos índios do Parque Indígena do Xingu-MT. Os Waurá, por exemplo, confeccionam um cesto fundo cilíndrico, provido de um cone interno com uma abertura estratégica, pela qual o peixe penetra na armadilha em busca da isca e se fecha à sua passagem, impedindo a saída. Já os índios Ikpeng fabricam o “puçá”, uma rede em forma de cone, tipo coador, presa a um semicírculo de madeira constituído de um cabo que funciona como armadilha elaborada a partir da folha da palmeira.
As armadilhas designam certos métodos de pesca empregados nessa atividade. Elas dizem respeito ao conhecimento tecnológico, à adaptação ecológica, à cosmologia, e expressam concretamente os significados e concepções de mundo das sociedades que representa.
Os índios que habitam as margens de rios ou do mar utilizam-se de remos, zingas, canoas e jangadas para cappturar e transportar seu pescado. As canoas são construídas de troncos de árvores rijas ou de grossas cascas de arvores. As jangadas, pequenas e ágeis, constituem-se de vários paus amarrados uns aos outros por fibras de vegetais. Para movê-las serve-se de diversos tipos de remos de palheta redonda ou oval.
Algumas atividades pequenas são acompanhadas de festas e trocas de objetos. É durante uma destas festas que os índios Enawenê-Nawê, que vivem a noroeste do Estado de Mato Grosso, realizam o ritual Yãkwa. Para este ritual os índios erguem barragens impedindo a passagem dos peixes preparando armadilhas. Após a captura, levam uma quantidade grande de peixes para a aldeia defumam para que não estraguem ao longo do tempo e, dessa forma, armazenam-os para as próximas refeições.
O Universo das Águas ainda é concebido como reino dos personagens da mitologia de alguns povos. A exemplo citamos o Ritual Iakuigade, que acontece entre os Bakairi da Aldeia Pakuera, habitantes da Terra Indígena denominada Bakairi, situada às margens do rio Paranatinga (MT).
No período da estiagem, segundo Estevão Taukane, o grupo se reúne para a realização desse rito. São designados vinte e dois dançarinos homens, os quais vestem máscaras, cada uma representando espécies de peixes que surgem das profundezas das águas dos rios para visitar seus ancestrais. A cerimônia se alonga por vários dias e as “máscaras dançarinas” visitam todas as casas sempre cantando e dançando. Em alguns momentos elas se dirigem ao pátio da aldeia às carreiras e intimidam as crianças, que amedrontadas fogem e buscam refúgio junto à família. Geralmente, à noite, seus cantos evocam uma cantiga de censura às mulheres por algumas atitudes que elas cometeram. Nos intervalos da cerimônia, o conjunto das indumentárias do ritual é guardado na casa das máscaras, local denominado, Kadoety, onde não é permitida a presença das mulheres. A cerimônia encerra com o lançamento das “máscaras sagradas” no rio, lugar de origem de seus espíritos ancestrais que finalmente retornam para um descanso temporário no mundo submerso das águas.


Curadoria: Adelaide S.Sodré,
Lucileide Antunes E.Santo,
Willen Reis
Texto: Adelaide Soares Sodré
FUNAI/IKUIAPÁ/ARTÍNDIA/BIBLIOTECA/CUIABÁ

05 a 29 de abril de 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

IDENTIDADES CUIABANAS EM FOCO NO MISC

Em comemoração ao aniversário da cidade, a Prefeitura Municipal de Cuiabá/ Secretaria da Cultura lançarão uma série de atividades no período de 05 a 29 de abril, no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá “Lázaro Pappazian” – MISC. A exemplo do ano anterior, em que se comemorou o aniversário da capital de Mato Grosso, integrada aos povos indígenas, este ano o evento será reeditado. Por isso a denominação “Ikuiapá-Cuiabá: identidade e memória / ano II”, realizada em parceria com FUNAI, SEDUC, INCA, AMAV, Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso, Academia dos Saberes Indígenas e Instituto Yakamaniru .
 Farão parte da programação as mostras de vídeos “ Cine MISC: Mato Grosso em Foco” e “Cine MISC: Povos Indígenas em Mato Grosso”, exposições do acervo do próprio museu e a exposição etnográfica “Universo das águas”. Aliás, o foco deste ano será a água e a sua importância para a cultura de todos os povos que compõem a identidade deste Estado. Ainda dentro da programação estão previstas duas mesas redondas com o título de “Imagens e sons das águas em Mato Grosso”, com a presença de personalidades ligadas ao tema. Haverá entrega de certificados.
 O lançamento oficial de “Ikuiapá-Cuiabá: identidade e memória II” acontecerá dia 05 de abril, às 19:00 horas, e é aberto ao público. Também nessa ocasião acontecerá o lançamento dos resultados do projeto de digitalização do acervo fotográfico do MISC, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura do município de Cuiabá. Composto por aproximadamente 10 mil documentos produzidos ao longo do século XX, fazem parte desse acervo fotografias, cartões-postais, negativos, diapositivos e álbuns fotográficos. Constam também registros dos fotógrafos pioneiros de Cuiabá e Baixada Cuiabana, como Eurípides Andreato (o Nenê) e Lázaro Papazian, o Cháu, entre outros fotógrafos, que integram e enriquecem o acervo.
 Com este projeto foi possível organizar, catalogar e digitalizar os documentos do MISC, a fim de garantir e ampliar as suas ações educativas e culturais. Foram adquiridos também equipamentos de informática necessários à execução dos trabalhos de catalogação e reprodução das imagens; e a obtenção de software com sistema apropriado à indexação do atual conjunto fotográfico. Compete a este software simplificar a busca no banco de dados exibindo os conteúdos com maior agilidade, garantindo dessa forma a preservação e a difusão da memória imagética de Cuiabá.
 Toda a programação é gratuita. O MISC está situado à Rua Voluntário da Pátria, no centro histórico de Cuiabá. Está aberto de segunda a sexta-feira, das 14:00 às 18:00 horas. Abre além desses horários, apenas com agendamento escolar. Interessados podem entrar em contato através do fone 3617-1288 ou pelo e-mail movimentomisc@gmail.com

IKUIAPÁ – CUIABÁ: MEMÓRIA E IDENTIDADE / ANO II

MISC - MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CUIABÁ “LÁZARO PAPAZIAN”
IKUIAPÁ - FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO
PROGRAMAÇÃO – ABRIL/2011

DATA
HORÁRIO
EVENTO
05/04
19h00
Lançamento dos resultados do Projeto de Digitalização do Acervo Fotográfico do MISC “Lázaro Papazian”.
Proponente: Silvano Siqueira
Coordenação: João Luís Cavalcante

Apresentações:
Márcio Bororo – Hino Nacional em língua Bororo
Luiz Ribeiro – Poesias

Exposições:
·         Exposição fotográfica Studio Cine – Foto Cháu
·         Exposição fotográfica Alves de Oliveira e a era do rádio
·         Exposição fotográfica Cuiabá antigo: o olhar de Nenê Andreato
·         Mostra do acervo de equipamentos de som e imagem
·         Exposição Etnográfica: Universo das águas

Cine MISC – Mato Grosso em Foco

06/04

14h00
A oitava cor do arco-íris. Direção: Amaury Tangará – longa.
07/04

14h00
Alves de Oliveira – Direção: Carol Araújo – curta;  
Tem um minuto? - Direção: Bruno Bini – curta;
Parabéns Vitor - Direção: Leonardo Santana – curta;
Gambiarra - Direção: Juliana Curvo – curta.

08/04

14h00
Resgate – Quem está no Centro da América do sul. Direção: Luiz Marchetti - média.

13/04

14h00
Baseado em Fatos Reais – Direção: Bruno Bini – Curta;
O olhar de Lázaro Papazian  - Direção: Aliana Camargo – Curta/doc;
Para meu Busão – Direção: Gilson Costa e Claudio Dias – Curta;
O Cerco – Direção: Julius Czvalheiros – Curta/ficção.


14/04

14h00
A Cilada com os 5 Morenos – Direção – Luiz Borges – Curta/ficção-doc;
Colápso Narcísio – Direção: Maurício Falchetti – Curta/ficção universitária;
Dunga Rodrigues – Direção: Kátia Meirelles – Curta/doc;
As pequenas coisas que consolam o cabloco – Direção: Evandro Birello – Curta/ficção.

27/04

14h00
Horário Obrigatório da Poesia – Direção: Luiz Marchetti – Curta/ficção
Da Capo: 30 anos de Sinfonia – Direção: Carol Araújo – Curta/doc;
O Bairro Perdido de São Gonçalo – Direção: Marcelo Okamura – Curta/doc;
Passa na semana que vem – Direção: Evandro Birello – Curta/ficção.

28/04
14h00
Extremo – Direção: Danilo Domingos – Curta/ficção;
Bosque, Banheiros e Afins – Direção: J. Thomaz – Curta/ficção;
De dentro para Fora – Direção: Bruno Bini – Curta/doc;
Cidade desencantada – Direção: Caio Mattoso\ Bruna Meneselo\ Arthur Bruno – Curta/ficção.
29/04
14h00
Danças Folclóricas de MT – São Gonçalo Beira Rio – Direção: João Carlos Bertoli – Curta/doc;
Minhocão do Pari – Direção: Marcelo Okamura – Curta/ficção;
Tiros em Colorbar – Direção: Maurício Falchetti – Curta/ficção;
O Jogo – Direção: Justino Astrevo – Curta/ficção;
O Presente – Direção: Lenissa Lenza – Curta.

Cine MISC -   Índios em Mato Grosso

12/04
14h00
A Flauta Sagrada: índios Nambiquara
14/04
14h00
Flautas Kamayurá
19/04
14h00
Mitos Kamayurá
26/04
14h00
Escola Mawaiaká

Ikuiapá – Cuiabá: imagens e sons das águas

15/04
19h00
Mesa Redonda: Imagens e sons das águas em Mato Grosso
Mediador: Serafim Bertoloto
Convidados:
Ivar  Bussato – FUNAI
Imara Quadros - Universidade Federal de Mato Grosso
Domingas Leonor da Silva – São Gonçalo Beira Rio



29/04
19h00
Mesa Redonda: Imagens e sons das águas em Mato Grosso
Mediador: Paulo Modesto – Universidade Federal de Mato Grosso
Convidados:
Ana Paula Lopes – Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso
Anna Maria Ribeiro F. M. Costa - FUNAI
Vitor Peruare - FUNAI
Ivan Belém – Museu da Imagem e do Som de Cuiabá