Espaço dedicado ao Museu da Imagem e do Som de Cuiabá "Lázaro Papazian - Cháu" (MISC)
quarta-feira, 27 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Programa "Palavra de mulher"
Gravação de um clipe com o grupo musical de vozes masculinas “Alma de Gato”, também com as representantes do IMUNE-MT - Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso para o programa de TV “Palavra de mulher”, que vai ao ar pela TV Assembléia – MT / Canal 30, todos os dias sempre às 13 e 20:30 horas.
Programa "Todo Santo tem seu canto"
Gravação do programa de TV “Todo santo tem seu canto”, que vai ao ar aos sábado, sempre às 18h20 pelo canal 05 SBT. Apresentadores: Comadre Pitú (Vital Siqueira) e Generoso (Ilto Silva). Neste dia, foram entrevistados: Luiz Poção (Secretário Municipal de Cultura), Moises Martins (Secretário Adjunto) e Ivan Belém (Diretor do MISC).
domingo, 10 de abril de 2011
MISC EDUCATIVO
Visita dos alunos do 8º ano ‘A’ e 8º ano ‘B’ da Escola de Educação Básica Leonor Barreto Franco (SESIESCOLA - Cuiabá)
terça-feira, 5 de abril de 2011
Exposição etnográfica "Universo das águas"
A mostra Universo das Águas tem como objetivo celebrar a produção artesanal indígena, cuja utilização remete às atividades relacionadas à natureza das águas: pescaria, navegação e rituais.
Nesta mostra destaca-se a beleza e a funcionalidade das peças do cotidiano indígena ligadas ao Universo das Águas. Suas produções artesanais representadas em cestarias, utilitários de madeira, dentre outros, carregam em si uma linguagem natural expressa pelas formas estilísticas distintas e peculiares, que dão sentido e significado a cada artefato. Os objetos que se apresentam podem causar estranheza aos nossos olhos, pois os elementos que compõem a sua estrutura interna estão inseridos na linguagem invisível do objeto, onde reside o seu conteúdo simbólico de representação.
Para os povos indígenas, os lagos e os rios com suas disparidades de tamanho e profundidades distintas são ambientes favoráveis ao desenvolvimento da pesca e de outras atividades ligadas à alimentação, higiene corporal, ao lazer e às práticas ritualísticas.
Cada etnia possui diferentes técnicas para a pesca; alguns usam cipós e plantas envenenados, outros usam anzol e linha, armadilhas, lanças, etc. Há comunidades onde só o homem pesca tendo que acampar dias perto de lagoas e rios; há outras onde as mulheres e os filhos podem participar. Uma das atividades comumente utilizadas na pesca é a chamada “bater timbó”. Consiste no uso de substâncias vegetais retiradas de cipós (tingui e timbó) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis.
Há também armadilhas para pesca, como os cestos utilizados pelos índios do Parque Indígena do Xingu-MT. Os Waurá, por exemplo, confeccionam um cesto fundo cilíndrico, provido de um cone interno com uma abertura estratégica, pela qual o peixe penetra na armadilha em busca da isca e se fecha à sua passagem, impedindo a saída. Já os índios Ikpeng fabricam o “puçá”, uma rede em forma de cone, tipo coador, presa a um semicírculo de madeira constituído de um cabo que funciona como armadilha elaborada a partir da folha da palmeira.
As armadilhas designam certos métodos de pesca empregados nessa atividade. Elas dizem respeito ao conhecimento tecnológico, à adaptação ecológica, à cosmologia, e expressam concretamente os significados e concepções de mundo das sociedades que representa.
Os índios que habitam as margens de rios ou do mar utilizam-se de remos, zingas, canoas e jangadas para cappturar e transportar seu pescado. As canoas são construídas de troncos de árvores rijas ou de grossas cascas de arvores. As jangadas, pequenas e ágeis, constituem-se de vários paus amarrados uns aos outros por fibras de vegetais. Para movê-las serve-se de diversos tipos de remos de palheta redonda ou oval.
Algumas atividades pequenas são acompanhadas de festas e trocas de objetos. É durante uma destas festas que os índios Enawenê-Nawê, que vivem a noroeste do Estado de Mato Grosso, realizam o ritual Yãkwa. Para este ritual os índios erguem barragens impedindo a passagem dos peixes preparando armadilhas. Após a captura, levam uma quantidade grande de peixes para a aldeia defumam para que não estraguem ao longo do tempo e, dessa forma, armazenam-os para as próximas refeições.
O Universo das Águas ainda é concebido como reino dos personagens da mitologia de alguns povos. A exemplo citamos o Ritual Iakuigade, que acontece entre os Bakairi da Aldeia Pakuera, habitantes da Terra Indígena denominada Bakairi, situada às margens do rio Paranatinga (MT).
No período da estiagem, segundo Estevão Taukane, o grupo se reúne para a realização desse rito. São designados vinte e dois dançarinos homens, os quais vestem máscaras, cada uma representando espécies de peixes que surgem das profundezas das águas dos rios para visitar seus ancestrais. A cerimônia se alonga por vários dias e as “máscaras dançarinas” visitam todas as casas sempre cantando e dançando. Em alguns momentos elas se dirigem ao pátio da aldeia às carreiras e intimidam as crianças, que amedrontadas fogem e buscam refúgio junto à família. Geralmente, à noite, seus cantos evocam uma cantiga de censura às mulheres por algumas atitudes que elas cometeram. Nos intervalos da cerimônia, o conjunto das indumentárias do ritual é guardado na casa das máscaras, local denominado, Kadoety, onde não é permitida a presença das mulheres. A cerimônia encerra com o lançamento das “máscaras sagradas” no rio, lugar de origem de seus espíritos ancestrais que finalmente retornam para um descanso temporário no mundo submerso das águas.
Curadoria: Adelaide S.Sodré,
Lucileide Antunes E.Santo,
Willen Reis
Texto: Adelaide Soares Sodré
FUNAI/IKUIAPÁ/ARTÍNDIA/BIBLIOTECA/CUIABÁ
05 a 29 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
IDENTIDADES CUIABANAS EM FOCO NO MISC
Em comemoração ao aniversário da cidade, a Prefeitura Municipal de Cuiabá/ Secretaria da Cultura lançarão uma série de atividades no período de 05 a 29 de abril, no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá “Lázaro Pappazian” – MISC. A exemplo do ano anterior, em que se comemorou o aniversário da capital de Mato Grosso, integrada aos povos indígenas, este ano o evento será reeditado. Por isso a denominação “Ikuiapá-Cuiabá: identidade e memória / ano II”, realizada em parceria com FUNAI, SEDUC, INCA, AMAV, Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso, Academia dos Saberes Indígenas e Instituto Yakamaniru .
Farão parte da programação as mostras de vídeos “ Cine MISC: Mato Grosso em Foco” e “Cine MISC: Povos Indígenas em Mato Grosso”, exposições do acervo do próprio museu e a exposição etnográfica “Universo das águas”. Aliás, o foco deste ano será a água e a sua importância para a cultura de todos os povos que compõem a identidade deste Estado. Ainda dentro da programação estão previstas duas mesas redondas com o título de “Imagens e sons das águas em Mato Grosso”, com a presença de personalidades ligadas ao tema. Haverá entrega de certificados.
O lançamento oficial de “Ikuiapá-Cuiabá: identidade e memória II” acontecerá dia 05 de abril, às 19:00 horas, e é aberto ao público. Também nessa ocasião acontecerá o lançamento dos resultados do projeto de digitalização do acervo fotográfico do MISC, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura do município de Cuiabá. Composto por aproximadamente 10 mil documentos produzidos ao longo do século XX, fazem parte desse acervo fotografias, cartões-postais, negativos, diapositivos e álbuns fotográficos. Constam também registros dos fotógrafos pioneiros de Cuiabá e Baixada Cuiabana, como Eurípides Andreato (o Nenê) e Lázaro Papazian, o Cháu, entre outros fotógrafos, que integram e enriquecem o acervo.
Com este projeto foi possível organizar, catalogar e digitalizar os documentos do MISC, a fim de garantir e ampliar as suas ações educativas e culturais. Foram adquiridos também equipamentos de informática necessários à execução dos trabalhos de catalogação e reprodução das imagens; e a obtenção de software com sistema apropriado à indexação do atual conjunto fotográfico. Compete a este software simplificar a busca no banco de dados exibindo os conteúdos com maior agilidade, garantindo dessa forma a preservação e a difusão da memória imagética de Cuiabá.
Toda a programação é gratuita. O MISC está situado à Rua Voluntário da Pátria, no centro histórico de Cuiabá. Está aberto de segunda a sexta-feira, das 14:00 às 18:00 horas. Abre além desses horários, apenas com agendamento escolar. Interessados podem entrar em contato através do fone 3617-1288 ou pelo e-mail movimentomisc@gmail.com.
IKUIAPÁ – CUIABÁ: MEMÓRIA E IDENTIDADE / ANO II
MISC - MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE CUIABÁ “LÁZARO PAPAZIAN”
IKUIAPÁ - FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO
PROGRAMAÇÃO – ABRIL/2011
DATA | HORÁRIO | EVENTO |
05/04 | 19h00 | Lançamento dos resultados do Projeto de Digitalização do Acervo Fotográfico do MISC “Lázaro Papazian”. Proponente: Silvano Siqueira Coordenação: João Luís Cavalcante Apresentações: Márcio Bororo – Hino Nacional em língua Bororo Luiz Ribeiro – Poesias Exposições: · Exposição fotográfica Studio Cine – Foto Cháu · Exposição fotográfica Alves de Oliveira e a era do rádio · Exposição fotográfica Cuiabá antigo: o olhar de Nenê Andreato · Mostra do acervo de equipamentos de som e imagem · Exposição Etnográfica: Universo das águas |
Cine MISC – Mato Grosso em Foco | ||
06/04 | 14h00 | A oitava cor do arco-íris. Direção: Amaury Tangará – longa. |
07/04 | 14h00 | Alves de Oliveira – Direção: Carol Araújo – curta; Tem um minuto? - Direção: Bruno Bini – curta; Parabéns Vitor - Direção: Leonardo Santana – curta; Gambiarra - Direção: Juliana Curvo – curta. |
08/04 | 14h00 | Resgate – Quem está no Centro da América do sul. Direção: Luiz Marchetti - média. |
13/04 | 14h00 | Baseado em Fatos Reais – Direção: Bruno Bini – Curta; O olhar de Lázaro Papazian - Direção: Aliana Camargo – Curta/doc; Para meu Busão – Direção: Gilson Costa e Claudio Dias – Curta; O Cerco – Direção: Julius Czvalheiros – Curta/ficção. |
14/04 | 14h00 | A Cilada com os 5 Morenos – Direção – Luiz Borges – Curta/ficção-doc; Colápso Narcísio – Direção: Maurício Falchetti – Curta/ficção universitária; Dunga Rodrigues – Direção: Kátia Meirelles – Curta/doc; As pequenas coisas que consolam o cabloco – Direção: Evandro Birello – Curta/ficção. |
27/04 | 14h00 | Horário Obrigatório da Poesia – Direção: Luiz Marchetti – Curta/ficção Da Capo: 30 anos de Sinfonia – Direção: Carol Araújo – Curta/doc; O Bairro Perdido de São Gonçalo – Direção: Marcelo Okamura – Curta/doc; Passa na semana que vem – Direção: Evandro Birello – Curta/ficção. |
28/04 | 14h00 | Extremo – Direção: Danilo Domingos – Curta/ficção; Bosque, Banheiros e Afins – Direção: J. Thomaz – Curta/ficção; De dentro para Fora – Direção: Bruno Bini – Curta/doc; Cidade desencantada – Direção: Caio Mattoso\ Bruna Meneselo\ Arthur Bruno – Curta/ficção. |
29/04 | 14h00 | Danças Folclóricas de MT – São Gonçalo Beira Rio – Direção: João Carlos Bertoli – Curta/doc; Minhocão do Pari – Direção: Marcelo Okamura – Curta/ficção; Tiros em Colorbar – Direção: Maurício Falchetti – Curta/ficção; O Jogo – Direção: Justino Astrevo – Curta/ficção; O Presente – Direção: Lenissa Lenza – Curta. |
Cine MISC - Índios em Mato Grosso | ||
12/04 | 14h00 | A Flauta Sagrada: índios Nambiquara |
14/04 | 14h00 | Flautas Kamayurá |
19/04 | 14h00 | Mitos Kamayurá |
26/04 | 14h00 | Escola Mawaiaká |
Ikuiapá – Cuiabá: imagens e sons das águas | ||
15/04 | 19h00 | Mesa Redonda: Imagens e sons das águas em Mato Grosso Mediador: Serafim Bertoloto Convidados: Ivar Bussato – FUNAI Imara Quadros - Universidade Federal de Mato Grosso Domingas Leonor da Silva – São Gonçalo Beira Rio |
29/04 | 19h00 | Mesa Redonda: Imagens e sons das águas em Mato Grosso Mediador: Paulo Modesto – Universidade Federal de Mato Grosso Convidados: Ana Paula Lopes – Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso Anna Maria Ribeiro F. M. Costa - FUNAI Vitor Peruare - FUNAI Ivan Belém – Museu da Imagem e do Som de Cuiabá |
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